Essa foi a pergunta motivadora para as mulheres rurais de Sergipe organizadas no Movimento da Mulher Trabalhadora Rural de Sergipe- MMTR-SE, que junto do Intervozes – Coletivo de Comunicação Social e da Coolab, vem se desafiado a pensar e construir tecnologias na web.

A partir de alguns processos de reflexão, pesquisa e ações conjuntas, as mulheres rurais têm buscado refletir os impactos das tecnologias nas suas vidas, a falta de infraestrutura nas comunidades rurais, os valores hoje praticados e a dependência para acessar direitos.

Tecnologias não são neutras.

Que tecnologias constroem comunidade? Que tecnologias servem à vida, ao bem viver e à preservação dos diferentes modos de vida que coabitam o planeta? O que são tecnologias, quem as desenvolve e quais são as tecnologias aliadas na promoção da justiça socioambiental, a partir de uma perspectiva feminista.

Sair da condição de consumidoras para produtoras de conteúdo na web que nos fortaleça e fortaleça nossos territórios como espaços de vida e produção de alimentos baseado na sabedoria ancestral. É isso que nos motiva no projeto Do quintal a cozinha. Conectando Saberes e Fazeres na Produção de Alimentos.

Ação conjunta no território.

Iniciativa do MMTR-SE e do Intervozes com a colaboração do COOLAB e apoio do NIC.BR na chamada Mover-se na Web envolve os municípios de Santa Luzia do Itanhy, no Assentamento Vitoria da União e Salgado nas comunidades de Matatas e São Bento, ambos no território Sul Sergipano.

A primeira oficina territorial aconteceu nos dias 11 e 12 de janeiro de 2025, no Assentamento Vitória da União, com a participação de cerca de 35 mulheres trabalhadoras rurais, além do Intervozes e da COOLAB. Nesta oficina foi apresentado o projeto, a metodologia e a agenda para os primeiros seis meses de desenvolvimento da iniciativa e foi feita a aprovação da identidade visual da ferramenta (1a foto desse carrossel).

No encontro, pudemos sonhar que tecnologias queremos construir feita por nós e para nós mulheres rurais e nordestinas. Intencionamos também que a partir dessa experiência outros grupos possam se inspirar e pensar os desafios no enfrentamento às poderosas Big Techs e disputar narrativas que fortalecem a vida nos territórios. Ter nossas vidas e identidades fortalecidas na disputa de sociedade que queremos construir.

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