Cryptorave tem sexta edição confirmada na Biblioteca Mário de Andrade
Por Intervozes em
Evento aberto e gratuito para ensinar e debater privacidade, segurança e liberdade no contexto digital terá participação de especialistas de diversas partes do mundo
Após a maior arrecadação coletiva e online de sua história – alcançando a marca de R$ 94,7 mil -, a CryptoRave confirma a sexta edição do evento nos dias 3 e 4 de maio, pela primeira vez a ser realizada na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. O evento contará este ano também com um novo recorde em número de atividades inscritas, que inclui palestras de especialistas de diferentes países em segurança da informação, privacidade e liberdade online.
Entre os palestrantes inéditos internacionais está o escritor, ativista e politico alemão Malte Pitz, consultor em proteção de dados, além de secretário geral da Gesellschaft für Freiheitsrechte (Sociedade para os Direitos Civis) e Membro do Partido Verde alemão. Em 2014, Spitz ele escreveu o livro “O que você está fazendo com os meus dados?” (No original, “Was macht ihr mit meinen Daten?”), uma investigação sobre o modo como as agências públicas e as corporações lidam com os dados pessoais. O ativista chamou atenção internacional quando processou a operadora de telefonia Telekom por obter acesso e reter seus dados. Spitz recebeu da companhia telefônica 35.830 linhas de registros — um detalhado relatório, quase minuto a minuto, de meio ano de sua vida.
Da comunidade de especialistas, Andre Meister, um jornalista investigativo do netzpolitik.org, especialista em vigilância privada e estatal e membro do Chaos Computer Club (CCC), realizará a palestra “Como Garantir a Verdade na Luta contra Adversários Poderosos” na edição 2019 da Cryptorave.
Dave Maass, pesquisador investigativo sênior no Threat Lab da Electronic Frontier Foundation (EFF), organização norte-americana pionera na defesa na liberdade da rede, discutirá a adoção de novas e poderosas tecnologias de vigilância pelas polícias do mundo – passando por reconhecimento facial, drones, leitores de placas de carros e etc – e seus possíveis impactos na garantia dos direitos humanos. Maass também dará mais informações sobre novos experimentos da EFF em educação, incluindo uma experiência de realidade virtual (Spot the Surveillance) e um amplo projeto para construção de uma grande base de dados sobre vigilância policial nos Estados Unidos.
Além desses destaques, estão previstos uma série de debates, formações e atividades sobre criptografia, regulação e Lei Geral de Proteção de Dados, segurança para movimentos sociais e comunidades em situação de vulnerabilidade, análise do uso de dados por governos, navegação segura no Tor, sistemas operacionais seguros, gerenciadores de senhas, oficinas de criptografia básica para iniciantes, proteção de dados de crianças, uma incrível versão de Capture The Flag de 24 horas de duração, além de propostas artísticas de live coding e apresentações musicais.
Seguindo a tradição, serão 36 horas de programação ininterrupta e atividades como oficinas sobre criptografia e hacking, discussões políticas e técnicas para garantir a sua privacidade online e segurança – além de música e a festa ao final. A programação completa de atividades será divulgada em breve no site do evento.
Por ser um evento independente, organizada por voluntários, a CryptoRave é uma referência para ativistas, hackers, pesquisadores, desenvolvedores e também para pessoas preocupadas com a sua própria privacidade. Gratuita e aberta, a CryptoRave é democrática, com uma programação baseada em propostas de atividades feitas por sua comunidade, em uma plataforma online. Seguem no núcleo organizativo do evento Saravá, Escola de Ativismo, Intervozes, Actantes, além de indivíduos.
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