Direitos Humanos
Espaço político, com capacidade de construir opinião pública, formar valores, propagar ideias e influenciar comportamentos, a mídia desempenha historicamente um duplo papel no que se refere à promoção dos direitos humanos. Se por um lado pode atuar para a construção de uma sociedade democrática, por outro, muitas vezes, reproduz e assim legitima visões de mundo que desrespeitam os direitos humanos e fortalecem uma sociedade individualista, preconceituosa e nada igualitária. Por outras vezes, a mídia atua no sentido de negar o direito à liberdade de expressão de setores significativos, invisibilizando suas reivindicações por direitos. E num espaço onde poucos têm voz, não é apenas o direito à comunicação que é violado, mas os demais direitos humanos deixam de ser conhecidos, reconhecidos, reivindicados e efetivados.
Atento a este contexto histórico, o Intervozes, desde sua fundação em 2003, atua no campo das relações entre mídia e direitos humanos, desenvolvendo uma série de iniciativas de defesa e promoção do direito à comunicação e também de proteção dos direitos humanos em geral nos meios de comunicação de massa. Tais ações foram e vem sendo realizadas em parceria com entidades do campo e por meio de articulações das quais o Intervozes participa, como o Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, a Rede Mulher e Mídia e a Plataforma DHESCA. O Coletivo integra, há duas gestões (2014-2016 e 2016-2018) o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) ocupando uma cadeira da sociedade civil como conselheiro titular. No CNDH, O Intervozes coordena a Comissão Permanente de Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão.
Ao longo de quinze anos de existência, o Intervozes participou ativamente das Conferências Nacionais de Direitos Humanos e da Conferência Nacional de Educação em Direitos Humanos, em 2006, tendo contribuído na formulação dos capítulos relativos à mídia e à comunicação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e do Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3).
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