Primeira criptofesta paraibana será realizada em João Pessoa
Por comunicainter em
Inspirado em movimento global, evento discutirá temas relacionados à proteção de dados pessoais, segurança digital e desinformação
Em um mundo em que a internet ganha cada vez mais centralidade no cotidiano de grande parte da população, as discussões sobre privacidade na internet, algoritmos, direitos humanos, as famosas “fake news” e direitos digitais se tornam cada vez mais urgentes. Pensando nisso, o Intervozes e o Grupo de Pesquisa Sobre Desinformação e Fake News do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFPB realizam a primeira criptofesta da Paraíba – a CriptoJP -, que acontecerá nos dias 13 e 14 de dezembro em João Pessoa.
A iniciativa é inspirada no movimento global das criptofestas, que busca promover a autonomia e liberdade das pessoas frente à influência das tecnologias em suas vidas. A ideia é difundir práticas de criptografia e segurança digital. Para Mabel Dias, uma das organizadoras do evento e integrante do Intervozes, é fundamental que a população se apodere de informações sobre o mundo digital. “É importante que a gente traga os debates sobre tecnologia, vigilância, proteção de dados pessoais, que têm sido tão atual em todo o país, para a realidade da Paraíba. As pessoas precisam se apoderar desses temas. Fizemos num espaço central exatamente para que todos possam participar, não precisa ser um expert em tecnologia”.
Isadora Lira, também organizadora do evento e membro do coletivo Intervozes, destaca que tem sido instigante produzir uma criptofesta em João Pessoa. “É uma oportunidade de promover discussões, desmistificar a tecnologia, compartilhar modos de usar ferramentas que já estão no cotidiano de tanta gente. Teremos atividades sobre uso de criptomoedas, ativismo digital, produção cultural, além de iniciação à programação e modos de se comunicar de forma segura”.
Estão previstas uma série de atividades, divididas em três partes. O primeiro momento será no dia 13 de dezembro, às 18h, na Praça da Alegria (UFPB), com a mesa “A era das redes digitais e o usuário como produto”, que abrirá o evento. A discussão terá a participação de Cândida Nobre, jornalista, publicitária e doutoranda em Estudos de Mídia da UFRN; Nataly Queiroz, professora universitária, doutora em Comunicação e integrante do Conselho Diretor do Intervozes; e Manu Freitas, jornalista, fotógrafa e mestranda em Estudos de Mídia da UFRN.
No dia 14, a partir das 13h30, 11 oficinas, palestras e rodas de conversa serão realizadas no Centro de Cidadania LGBT e da Igualdade Racial no Parque Sólon de Lucena (Lagoa). No mesmo dia, às 21h, acontece a festa de encerramento no Espaço Mundo, com Slam Parahyba, Algorave, Coco de Oxum e Big Jesi +Filosofino. O evento é gratuito e aberto ao público. Todas as pessoas que quiserem participar das atividades podem se inscrever por meio deste link.