[Vozes Silenciadas] O corpo é nosso: a cobertura da mídia tradicional e da religiosa sobre os direitos sexuais e direitos reprodutivos
Em agosto de 2020, o caso de uma menina negra de dez anos, grávida como resultado de um estupro, e que sofria violência sexual desde os seis, ganhou a esfera pública por meio dos noticiários. O choque com esse caso e as violações de direitos sofridas pela criança, junto com uma preocupação que o Intervozes, por meio da Setorial de Mulheres, já tinha em relação aos direitos sexuais e direitos reprodutivos e sua relação com a comunicação, motivou o desenvolvimento desta edição do Vozes Silenciadas, coleção produzida pelo Intervozes desde 2011.
Esta pesquisa abrange três períodos distintos, marcados por três episódios relacionados à temática do aborto. São eles: as audiências da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, tema analisado de 1º a 10 de agosto de 2018; o caso da criança estuprada e impedida de abortar no Espírito Santo, analisado de 11 a 20 de agosto de 2020; e a publicação das portarias 2.282/2020 e 2.561/2020, do Ministério da Saúde, com novas regras para o aborto, analisada de 28 de agosto a 1º de setembro e de 24 a 28 de setembro de 2020.
Embora esses episódios sejam os centrais para este estudo, o corpus de análise inclui outros temas relacionados ao aborto trabalhados em cada período.
O corpus da pesquisa abrange três telejornais (Jornal Nacional, Jornal da Record e SBT Brasil), uma agência pública de notícias (Agência Brasil), três jornais impressos, em suas versões on-line (Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo) e dois sites religiosos (o católico Canção Nova e o evangélico Gospel Mais). No total, o corpus é composto de 409 matérias publicadas nos nove veículos.
Por conta da alta quantidade de dados gerados, optamos por não incluir todas as tabelas e gráficos na versão final da publicação. Para acessá-los, você pode clicar neste link.
Leia a pesquisa completa no link abaixo.