Evento que retorna à Africa em 2011, agora sediado em Dakar no Senegal, deverá reunir diversas entidades da sociedade civil para discutir uma outra sociedade possível.

O Fórum Social Mundial retorna pela segunda vez à Africa, em sua edição de 2011. O encontro, que já foi sediado em Bamako (Mali), em 2006 – quando o evento aconteceu simultaneamente em três continentes -, e em Nairóbi, Quênia, em 2007, acontecera agora em Dakar, capital do Senegal, e deverá reunir diversas entidades da sociedade civil ao redor do mundo para discutirem os rumos de uma outra sociedade possível.Entre os 12 eixos escolhidos para orientar as atividades realizadas no evento, dois em particular interessam diretamente à comunicação: o eixo 3 – Pela aplicabilidade e efetividade dos direitos humanos; e o eixo 5 – Pelos direitos inalienáveis. Entre as atividades já confirmadas está um seminário que o Intervozes ajudará a organizar em parceria com outras 8 entidades do Brasil, Equador, Marrocos, Senegal e França. O objetivo é discutir o direito à comunicação em diferentes países e construir estratégias de atuação conjunta em torno da produção de informação para mobilização social. As organizações proponentes do seminário discutirão ainda uma possível parceria para a realização do 2º Fórum Mundial de Mídia Livre em 2012.

Outra atividade importante já confirmada no Fórum é um debate sobre o Wikileaks, com a presença do sociólogo português Boaventura de Souza Santos, organizado pela Ciranda em parceria com o Intervozes e o Fenment, da Tanzânia.

Visibilidade

Como historicamente há pouco interesse por parte dos grandes meios de comunicação em difundir ao mundo os debates e articulações políticas que acontecem no processo do Fórum Social Mundial, a organização do evento está preparando o terreno para que os comunicadores dêem voz aos participantes do encontro. Uma estrutura com alojamentos para 320 jornalistas e sala de imprensa com computadores e internet wireless são algumas facilidades para que a cobertura internacional do evento aconteça de forma efetiva.

Uma oficina com imprensa local, agências internacionais e organizações de comunicação está sendo programada para janeiro, com a intenção de preparar a cobertura do Fórum. A ideia é que, mais uma vez, aconteça a cobertura compartilhada do FSM, onde comunicadores do mundo todo trabalham de forma colaborativa para difundir as atividades e acontecimentos do Fórum. Já está confirmada mais uma edição da Ciranda da Informação Independente (www.ciranda.net) e do Fórum de Rádios, que está sendo organizado pela Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc) em parceria com diversas emissoras africanas.