Após acusações do ministro, Intervozes divulga nota de esclarecimento, exigindo retificação das denúncias sobre a utilização dos recursos da entidade para financiar “viagens de seus integrantes à Europa, por meses, de primeira classe”.

Em audiência pública realizada pela Comissão de Ciência e Tecnologia no último dia 28 de março, o ministro Hélio Costa esteve presente à Câmara dos Deputados para discursar sobre a TV Digital e a sua TV do Executivo. Pouco antes do início da audiência pública, Bráulio Ribeiro, coordenador do Intervozes distribuiu aos parlamentares e jornalistas presentes o documento TV do Executivo: uma ação contra o Fórum de TVs Públicas.

De acordo com Ribeiro, decorridos algum tempo do início da audiência, a deputada Cida Diogo interpela o ministro dizendo “estou com um documento que diz exatamente o contrário do que o senhor está falando agora”. Após manifestação de um parlamentar que rasgou o documento dizendo que não tinha valor nenhum, o ministro Hélio Costa disparou:

“Eu gostaria de fazer uma pergunta: quem é que financia esse movimento? Gostaria de saber e vou pedir ao Ministério Público pra saber quem é que financia as viagens ao exterior, quem é que financia esse grupo para poder estar seis, sete meses na Europa. Como é que andam de primeira classe? Eu quero saber como é que essa gente se financia para poder ter o direito de, em cada vez como essa, eles correm aqui e colocam na mesa de cada um dos deputados um documento como esse aqui fazendo ataques duros..isso aqui é um papel, não é um documento(…)”

Ribeiro relata que se levantou e tentou falar. Sem sucesso. “Fui interrompido delicadamente por nosso ministro que disse: ‘eu não te dei a palavra. Você não pode falar aqui’”.

Logo após o ocorrido, o Intervozes lançou a nota pública que esclarece aos presentes e a toda sociedade que “ao contrário do que afirmou o ministro Hélio Costa, nossos integrantes jamais utilizaram recursos da organização para ‘passar meses na Europa’ ou ‘viajar de primeira classe’. A afirmação injuriosa, feita em espaço institucional da mais alta relevância (o Congresso Nacional), é fato grave e inaceitável”.

Veja aqui a íntegra da nota.