Jovens e adultos indígenas da etnia Tremembé, da Barra do Mundaú, no litoral cearense, tiveram formação sobre direito à comunicação com o Intervozes nos últimos dias 18 e 19 de maio. O módulo foi uma das etapas do curso de Arte e Comunicação do projeto Ação Tremembé, desenvolvido pelo Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (CETRA) junto com a comunidade.

Conduzida pela jornalista Raquel Dantas, do Intervozes, e pela escritora e fanzineira Fernanda Meireles, o tema foi trabalhado com análise crítica de matérias e artigos recentes relacionados às pautas indígenas de âmbito local e nacional, com a produção de um fazine – o Tremembézine – com cartas do futuro contando a vida na comunidade após o processo de conclusão da demarcação da terra Tremembé, e com a construção de um mapa do território cearense evidenciando as relações de poder entre meios de comunicação e políticos do Estado e a necessidade de criação de meios de comunicação dos próprios Tremembés.

No zine criado por eles, não só a alegria da conquista da demarcação (que já está em processo), mas a expectativa da inclusão digital e da apropriação do direito à comunicação com uma vasta possibilidade de espaços e veículos, como uma rádio comunitária, um canal de tv aberto para os indígenas de todo o Ceará e uma editora de livros dos Tremembés.

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