Na última segunda-feira 22, os ministros das Relações Exteriores e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Ernesto Araújo e Damares Alves, respectivamente, participaram da abertura do 46º período de sessões do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH/ONU), em Genebra. Diferente do que afirmaram perante a comunidade internacional, o Brasil não está fazendo o melhor para enfrentar a pandemia da Covid-19.

Em nota, 61 organizações da sociedade civil brasileira não reconhecem o pronunciamento do governo brasileiro. “O chanceler e a ministra não falaram que o Brasil é um dos países mais afetados e com um dos mais altos registros de mortes por Covid-19, que o presidente da República questiona a eficácia da vacina, propaga remédios comprovadamente ineficazes para tratamento precoce, promove aglomerações e ataca medidas de isolamento e distanciamento social. O sistema público de saúde está em colapso em várias cidades brasileiras”, reforçaram.

O chanceler afirmou ainda que as tecnologias da informação têm sido cada vez mais submetidas à censura, à vigilância e à criação de mecanismos de controle social. Mas fez isso sem levar em conta as afirmações de relatorias das Nações Unidas, que denunciaram o uso destas tecnologias para promover ainda mais racismo e exclusão.

As organizações solicitam às nações do mundo para que não aceitem este tipo de intervenção e que apresentem questionamentos ao governo brasileiro, a fim de responsabilizar sua atuação por patrocinar violações dos direitos humanos.

Leia a nota na íntegra, em português e inglês.